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Não sou mãe – ainda :) –, mas acredito que a gestão do tempo entre família/trabalho não seja tarefa fácil e que inevitavelmente alguns “assuntos” acabam por ficar para segundo plano. Infelizmente, a escola é, por vezes, uma delas. Ou porque acreditam no trabalho do professor, ou porque acreditam que é o “trabalho” do filho e que ele dá conta do recado, a verdade é que ainda há muitos pais que, se for preciso, conhecem pessoalmente os(as) professores(as) dos seus filhos somente no final do ano letivo. Confesso que me faz imensa confusão!
Pois bem, por melhor aluno que seja o seu filho não será o suficiente, o envolvimento da família na vida escolar é fundamental para o desenvolvimento dele. A participação da família é importante e nada mais eficaz do que começar com uma conversa com o professor do seu filho para descobrir como e em que é que pode ajudar. É verdade que a família, principalmente nos nossos dias em que ambos os pais trabalham e que por vezes o tempo é muito escasso, tem de contar com a escola para cuidar dos seus filhos, no entanto essa responsabilidade tem de ser, obrigatoriamente, partilhada. Os pais não podem delegar essa função somente na escola.
Assim sendo, como começar, então, a conversa com o professor? Várias são as formas que se encontram hoje ao dispor do encarregado de educação: caderneta do aluno, a hora de atendimento semanal ou mensal, o telefone, a hora de entrada e saída da escola… como vêem oportunidades não faltam, basta querer.
Lembrem-se acima de tudo que o facto de se mostrarem interessados pelo desenvolvimento escolar do vosso filho é o primeiro passo para que ele melhore na escola.
Deixamos-vos aqui 10 questões que podem servir de ponto de partida:
Márcia Fidalgo
Professora de 1º Ciclo e de Educação Especial
Tenho por hábito todas as segundas-feiras de manhã começar por falar com os meus alunos sobre o fim de semana – o deles e o meu. Já o faço há bastante tempo e considero este momento uma excelente forma de começar a semana. Desenvolvem-se diversas competências e aprende-se imenso: aprende-se a partilhar ideias, aprende-se a ouvir o outro, aprende-se a trabalhar a oralidade aprendendo a fazer um discurso com sentido, adquire-se novo vocabulário… Enfim, é um momento descontraído e que serve de arranque para mais uma semana de trabalho e de novas aprendizagens.
Deparamo-nos, através destas conversas, com as diversas experiências familiares que cada um tem e é contagiante a alegria que eles transmitem a contar, por pouco que seja, o que fizerem com os pais/avós/tios/irmãos. Infelizmente, claro, mas é como tudo na vida, aparecem-nos vivências mais ricas que outras, mas digo-vos que, por quererem tanto partilhar, a alegria e a vontade de contar é igual em ambos os casos.
Com isto e não me alongando mais, gostaria muito de passar a mensagem de que tempo em família e de qualidade é fundamental para o crescimento saudável de uma criança. E quando falo em “tempo em família”, este não tem de ser necessariamente ou obrigatoriamente passado “na rua”, pode muito bem ser em casa com, por exemplo, uma “festa de pijama” em família com direito a filmes e bolo ou bolachas caseiras (de preferência feito com os mais pequenotes de forma a entretê-los).
Deixo-vos um link da Pumpkin.pt com sugestões para aqueles dias menos apetitosos, para que as ideias nunca faltem. :)
Márcia Fidalgo
Professora de 1º Ciclo e de Educação Especial
Não podemos esperar que crianças, principalmente entre os 6 e os 8 anos, sejam responsáveis por tudo o que diz respeito à escola. O adulto tem obrigatoriamente de “andar” em cima do acontecimento. É importante, claro, responsabilizá-los, mas sempre com a nossa supervisão por trás.
Quando chegam da escola perguntarmos:
“Como correu o dia?”
“O que aprenderam de novo?”
“Fizeste/concluíste tudo o que o(a) professor(a) pediu?”
“Trazes trabalhos de casa?”
“Há algum recado na caderneta?”
Depois de respondidas e de se ter conversado sobre o dia, é importante ir ver a mochila, ver se de facto não há trabalhos de casa, se de facto não há nenhum recado escrito, se tem o material todo em ordem, se não faltam lápis, borrachas, canetas… porque é normal isso acontecer, raramente, salvo raras exceções, se vão lembrar de lembrar o pai ou a mãe que tem de assinar determinado recado, ou que perderam o lápis e que precisam de outro para o dia seguinte.
No fim de “investigar” a mochila, caso haja alguma “irresponsabilidade” da parte dele – afinal tinha trabalhos, afinal havia um recado na caderneta, etc. – a criança deverá ser chamada a atenção para que esteja mais atento das próximas vezes, que a escola é o “trabalho” delas e que, portanto, tem de ser responsável pelas tarefas que o professor manda. Se pelo contrário, era verdade que, portanto, não trazia tarefa nenhuma da escola deverá ser elogiada e incentivada a continuar a ser assim responsável.
Estamos a falar do papel do encarregado de educação em casa, porém também na escola é importante que o adulto, neste caso o educador, perca um pouco do seu tempo em perceber se a mensagem, que ele quer que seja transmitida em casa, vai de facto para casa. Ou seja, em altura de testes, por exemplo, é importante que levem os livros para estudar, logo cabe ao professor confirmar se os alunos levam os livros necessários e mais uma vez na eventualidade de algum falhar, deve ser levado a perceber que errou, que não estava com atenção quando o professor pediu para arrumar na mochila o material devido. Caso a turma tenha estado com atenção e arrumado tudo o que foi solicitado, deverá ser, também, “aplaudida” pelo professor e incitada a continuar assim atenta e responsável.
Nunca se esqueçam que a criança aprende connosco, com os nossos exemplos, não aprende sozinha. E não é por falhar uma ou duas vezes que se vai tornar num adulto irresponsável. Paciência, ternura, firmeza e tolerância são algumas palavras chaves para a ajudar no desenvolvimento e crescimento das nossas crianças e vão ver que os “frutos” se colherão mais tarde. :)
Márcia Fidalgo
Professora de 1º Ciclo e de Educação Especial
Fotografia: http://mdemulher.abril.com.br
A preparação para o nascimento de um bebé é um momento mágico e único. A preocupação dos pais é dar tudo o que é de melhor aos filhos, de forma a que eles cresçam e se desenvolvam de forma saudável.
A Alimentação saudável e equilibrada, ajustada à formação do novo ser que vai nascer é fundamental e uma prioridade dos pais.
Após a concepção, as necessidades nutricionais já são inúmeras e nesta fase não devemos esquecer que os hábitos de vida bem como as escolhas alimentares da mãe, são fundamentais para o desenvolvimento saudável do bebé. Nesta fase é fundamental um bom aporte de ferro, ácido fólico e ómega 3 (os ácidos gordos essenciais), provenientes da alimentação e de alguma suplementação indicada pelo médico e pelo nutricionista.
Com o nascimento, e de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), recomenda-se o aleitamento materno em exclusivo nos primeiros 6 meses de vida, de forma a assegurar um bom desenvolvimento e a saúde do bebé. Mas, muitas vezes, sabemos que isso não é prática comum, ou porque a mãe retoma ao trabalho, ou porque o leite materno não é suficiente.
Para colmatar a falha do aleitamento materno em exclusividade, entre os 4 e os 6 meses de idade, os pais podem, de acordo com as indicações do Pediatra, introduzir os primeiros alimentos, como as sopas, a fruta e a papa.
As sopas devem ser elaboradas com o máximo de 3 legumes por sopa (ex: batata, cenoura ou abóbora e cebola). Podem ser temperadas com um fio de azeite virgem mas sem qualquer adição de sal. fonte: http://milkgenomics.org
Inicialmente, a fruta pode ser cozida. As primeiras frutas a ser introduzidas na alimentação do bebé são a pêra, maçã, banana e o marmelo. As frutas devem ser consumidas imediatamente após serem reduzidas a puré, e de preferência serem de origem biológica. Os boiões de fruta biológica podem ser uma solução viável quando o tempo é curto.
É importante respeitar sempre a introdução de um novo alimento, com um intervalo de 3 a 5 dias, de forma a identificar possíveis reacções alérgicas aos novos alimentos que vão sendo introduzidos.
Com a introdução das papas, é necessário ler cuidadosamente o rótulo das embalagens das papas, para conhecer aquelas que são lácteas (contêm leite), não lácteas (não contêm leite), sem glúten e com glúten. Estas últimas só devem ser introduzidas na alimentação após os 6 meses de idade. As papas não lácteas devem ser adicionadas com o leite que o bebé ingere no momento. Dar sempre preferência as papas que utilizam ingredientes biológicos, sem adição de açúcar, sal, corantes e conservantes.
Um bebé com excesso de peso ou obesidade deve evitar o consumo de papas. Nesse caso dar preferência as sopas e purés de fruta.
Dos 5 aos 6 meses a carne é introduzida em pequena quantidade (20-25 gramas), começando pelas aves (frango, peru), borrego e só mais tarde a carne de vaca e porco (depois do 12 meses de idade). Inicialmente podem consumir as carnes na sopa e com o crescimento da dentição, iniciar o seu consumo no prato.
Aos 9 meses é indicado iniciar o consumo de peixe como pescada, maruca, perca, linguado, dourada, raia, e mais tarde sardinha, carapau, atum, cavala e salmão. Tal como a carne, inicialmente consumi-lo na sopa e posteriormente no prato.
O pão e as bolachas, fonte de energia (hidratos de carbono), podem ser introduzidos entre os 6 e os 8 meses, dependendo da dentição e da capacidade de mastigação do bebé. No entanto, não esquecer que a mastigação deve ser estimulada.
Depois dos 9 meses, os iogurtes podem ser introduzidos aos lanches, naturais ou misturados com fruta. Preferir os de produção biológica e evitar ao máximo iogurtes açucarados. O gosto educa-se e na verdade se o bebé se habituar a sabores menos doces será o ideal para prevenir futuramente um consumo exagerado de açúcares.
fonte: http://mommynoire.com
Os ovos devem ser introduzidos com alguma cautela, inicialmente a gema (aos 9 meses) e posteriormente a clara (por volta dos 12 meses). Preferir os ovos biológicos, pois a sua qualidade nutricional é indiscutivelmente superior.
A partir dos 11 a 12 meses, introduzir as leguminosas, excelente fonte proteica de origem vegetal, vitaminas do complexo B, e minerais. Inicialmente, podem juntar-se nas sopas e, posteriormente, até aos 2 anos de idade, adiciona-las ao prato, para estimular a mastigação do bebé e habitua-lo a novas texturas e sabores.
É importante estimular o consumo de água quando não ocorre a amamentação do bebé em exclusividade.
O leite de vaca só deve ser introduzido a partir dos 12 meses de idade. Até lá, utilizam-se os leites de transição, no caso da mãe não ter leite suficiente para amamentar o seu bebé em exclusividade.
Os pais e educadores devem lembrar-se que este artigo contém indicações gerais sobre a alimentação do bebé, no entanto, não podem esquecer a importância das indicações dadas pelo médico pediatra e pelo nutricionista, em consulta.
Nutricionista Rita Roldão
Ao contrário de outros temas que ganharam muito destaque junto dos pais, o Bullying tende a ser um tema intermitente. É falado sempre que algum caso se torna mais mediático, mas rapidamente volta a ser esquecido.
Contudo, e porque convivemos todos os dias com crianças, apercebemo-nos que na realidade escolar, é um tema bem presente. Apercebemo-nos igualmente do quão difícil é para os pais reconhecerem os sinais, perceberem a diferença entre brincadeiras de colegas e atos sérios que podem comprometer o bem-estar emocional e social dos seus filhos.
O que é o Bullying?
O Bullying é uma forma de pressão social e um tipo de violência escolar que se manifesta através de comportamentos intencionalmente agressivos e repetidos ao longo do tempo, levados a cabo por um aluno ou grupo de alunos contra outro, a vítima.
O Bullying reduz-se apenas à violência física?
Não. Também são considerados “Bullying” comportamentos como a humilhação, piadas maldosas, alcunhas com o objetivo de ridicularizar o outro e os insultos. O “Cyberbullying” diz respeito especificamente às agressões levadas a cabo recorrendo à tecnologia - rumores enviados por e-mail, fotos embaraçosas, perfis falsos nas redes sociais, entre outros.
Sinais de que o seu filho pode ser a vítima...
Sinais de que o seu filho pode ser o agressor...
Por que não se queixa a vítima de Bullying?
Por que é que o Cyberbullying deve ser visto de forma diferente?
Como reagir ao Bullying?
Se suspeita que o seu filho está envolvido numa situação de Bullying, envolva-se. Identifique os sintomas, marque uma reunião com o Diretor de Turma para averiguar possíveis situações que estejam a ocorrer na escola, e converse com o seu filho.
Contacte-nos.Esclarecemos as suas dúvidas e ajudá-lo-emos a definir o percurso a seguir. É gratuito.
Claudia Pedro