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Matrículas no 1º ciclo e no Jardim de Infância

por centrosermais, em 16.04.15

As matrículas no 1º Ciclo e no Jardim de Infância começaram ontem (15 de Abril) e terminam a 15 de junho de 2015. 

 

Aconselhamos a não ir já nos primeiros dias, acaba por perder algum tempo à espera. Tem até dia 15 de junho! 

 

Nota: Não tem prioridade, pelo facto de ser dos primeiros a entregar a matrícula. 

 

Respondemos de seguida a algumas questões que poderão ser do seu interesse. Ora bem:

 

1- Com que idade posso inscrever o meu filho no Jardim de Infância?

"A frequência da educação pré-escolar é facultativa e destina-se às crianças com idades compreendidas entre os 3 anos (completados até 31 de dezembro) e a idade de ingresso no 1º ciclo do ensino básico." (nº2, do artigo 3º - Despacho n.º 5048-B/2013)

 
 
2- E no 1º Ciclo com que idade devo inscrever o meu filho?
"A frequência do ensino básico ou do ensino secundário é obrigatória para os alunos com idades compreendidas entre os 6 (completados até 15 de setembro) e os 18 anos". (nº3, do artigo 3º - Despacho n.º 5048-B/2013)
 
 
3- E se o meu filho fizer os 6 anos depois de 15 de setembro, posso inscrevê-lo?
"As crianças que completem os 6 anos de idade entre 16 de setembro e 31 de dezembro podem ingressar no 1.º ciclo do ensino básico se tal for requerido pelo encarregado de educação, dependendo a sua aceitação definitiva da existência de vaga nas turmas já constituídas (…)". (nº6, do artigo 4º - Despacho n.º 5048-B/2013)
 
 
4- Como posso fazer a inscrição?
A inscrição pode ser feita presencialmente (na sede do agrupamento) ou on-line (através aplicação informática disponível no Portal das Escolas [www.portaldasescolas.pt]). 
 
 
 
Documentos necessários no ato da matrícula para Jardim de Infância:
ALUNO:
  • 1 fotografia tipo passe (original e não fotocópia);
  • Documento de identificação válido (Assento de Nascimento/ B.I./ C.C./ Passaporte / Autorização de residência);
  • N.I.S.S. (n.º de identificação da segurança social);
  • N.I.F. (n.º de contribuinte);
  • N.U.S. ( n.º do cartão de utente – no Centro de Saúde informam o NISS e o NUS );
  • Boletim de vacinas atualizado;
  • Comprovativo de residência do encarregado de educação: recibo da água ou eletricidade (+ fotocópia) ou comprovativo do local de trabalho do Encarregado de Educação, devidamente autenticado pela entidade patronal.

 

ENCARREGADO DE EDUCAÇÃO:

  • Documento de identificação válido (Assento de Nascimento/ B.I./ C.C./ Passaporte / Autorização de residência);
  • N.I.F. (n.º de contribuinte).

 

Documentos necessários no ato da matrícula para o 1º Ciclo:

ALUNO:
  • 1 fotografia tipo passe (original e não fotocópia);
  • Documento de identificação válido (Assento de Nascimento/ B.I./ C.C./ Passaporte / Autorização de residência);
  • N.I.S.S. (n.º de identificação da segurança social);
  • N.I.F. (n.º de contribuinte);
  • N.U.S. ( n.º do cartão de utente – no Centro de Saúde informam o NISS e o NUS );
  • Boletim de vacinas atualizado;
  • Comprovativo de residência do encarregado de educação: recibo da água ou eletricidade (+ fotocópia) ou comprovativo do local de trabalho do Encarregado de Educação, devidamente autenticado pela entidade patronal;
  • Ficha de Ligação a preencher pelo Médico de família ou Pediatra.

 

ENCARREGADO DE EDUCAÇÃO:

  • Documento de identificação válido (Assento de Nascimento/ B.I./ C.C./ Passaporte / Autorização de residência);
  • N.I.F. (n.º de contribuinte);
  • Comprovativo de morada.

NOTA: Deverá levar consigo os originais e respetivas fotocópias.

 

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Para mais informações consultar:

Despacho n.º 5048-B/2013

 

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"Querida futura mamã"

por centrosermais, em 03.12.14

 

 

Encontrámos este video e não pudemos deixar de partilhar convosco. Tanta ternura, tanto amor… acreditamos que vai deixar as futuras de bebés com Trissomia XXI mais tranquilas, muito mais seguras e confiantes no futuro.

Obrigatório ver!

 

 

 

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      Com a entrada no 1º ciclo, muitas são as dúvidas e expetativas dos pais em relação ao desempenho escolar dos seus filhos. Não há dúvida que todos os pais querem o melhor para os seus filhos e com a escola não é exceção, também aqui esperam que os seus filhos não só venham a ser bons alunos como também alunos dedicados.

      Mas por vezes quando as matérias começam a complicar e exigem maior concentração e dedicação por parte dos alunos, o cenário altera-se e é aqui que fica difícil perceber o que fazer para inverter a situação.

      Antes demais, enquanto pais devem desde cedo proporcionar um ambiente de estudo adequado em suas casas. É importante, mesmo quando eles ainda são pequeninos – 4/5 anos –, habituarem-se a ter um espaço em casa para aprender coisas novas e que o reconheçam como tal no futuro. Quando a criança chega à idade escolar, vai com certeza escolher esse local como o ideal para fazer os trabalhos da escola ou estudar. Claro está, que é sempre importante que os pais o acompanhem nesse processo e acreditem que as dificuldades são muitas vezes ultrapassadas, ou até mesmo evitadas, se desde tenra idade os pais explicarem a importância de estudar para a vida futura da criança.

      Quando ainda assim, as dificuldades persistem, não desistam dos vossos filhos:

  • Conversar com o seu filho para perceber o porquê das dificuldades: “O que é que se anda a passar para andar mais distraído?”; “Aconteceu alguma coisa na escola?”; etc;
  • Fazer uma retrospectiva da vossa vida nos últimos tempos a fim de perceber se houve algum acontecimento que possa ter desencadeado essa falta de atenção, falta de interesse;
  • Entrar em contacto com o Professor Titular ou com o Diretor de Turma e marcar uma hora de atendimento – lembrem-se que o envolvimento escola/família é fundamental;

 

      É importante evitar o castigo, a punição, valorizem sempre a Educação pela Positiva – procurem sempre recompensar o esforço através de elogios, do reconhecimento, de pequenos prémios como mais 15min de T.V. (em vez de a “tirar” por completo), um passeio no fim de semana ao local preferido dele, ser ele a escolher o jogo para jogar em família, ser ele a escolher a comida na 6f , entre outros.

      Para além de tudo isto, é fundamental darem o “exemplo” aos vossos filhos. Ou seja, não os queiram pôr a estudar, principalmente os mais pequeninos, enquanto assistem a um filme ou um jogo na televisão, por exemplo. Nessa altura, arranje qualquer coisa para fazer (organizar contabilidade, porque não; ou ler um livro/jornal) e sente-se com ele, vai ver que atitude muda completamente.

 

      “Aprender” é desenvolvermo-nos, é tornarmo-nos adultos mais capazes. Ajudem os vossos filhos a olhar para a escola de uma forma mais positiva.

 

http://carlosamarques.blogspot.pt/2013_01_01_archive.html

http://carlosamarques.blogspot.pt/2013_01_01_archive.html 

Márcia Fidalgo

Professora de 1º Ciclo e de Educação Especial

 

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      Não sou mãe – ainda :) –, mas acredito que a gestão do tempo entre família/trabalho não seja tarefa fácil e que inevitavelmente alguns “assuntos” acabam por ficar para segundo plano. Infelizmente, a escola é, por vezes, uma delas. Ou porque acreditam no trabalho do professor, ou porque acreditam que é o “trabalho” do filho e que ele dá conta do recado, a verdade é que ainda há muitos pais que, se for preciso, conhecem pessoalmente os(as) professores(as) dos seus filhos somente no final do ano letivo. Confesso que me faz imensa confusão!

 

      Pois bem, por melhor aluno que seja o seu filho não será o suficiente, o envolvimento da família na vida escolar é fundamental para o desenvolvimento dele. A participação da família é importante e nada mais eficaz do que começar com uma conversa com o professor do seu filho para descobrir como e em que é que pode ajudar. É verdade que a família, principalmente nos nossos dias em que ambos os pais trabalham e que por vezes o tempo é muito escasso, tem de contar com a escola para cuidar dos seus filhos, no entanto essa responsabilidade tem de ser, obrigatoriamente, partilhada. Os pais não podem delegar essa função somente na escola.

 

      Assim sendo, como começar, então, a conversa com o professor? Várias são as formas que se encontram hoje ao dispor do encarregado de educação: caderneta do aluno, a hora de atendimento semanal ou mensal, o telefone, a hora de entrada e saída da escola… como vêem oportunidades não faltam, basta querer.

 

     Lembrem-se acima de tudo que o facto de se mostrarem interessados pelo desenvolvimento escolar do vosso filho é o primeiro passo para que ele melhore na escola.

 

      Deixamos-vos aqui 10 questões que podem servir de ponto de partida:

 

  1. O meu filho participa nas aulas?
  2. Como é o relacionamento do meu filho com o professor, com os colegas, com as auxiliares, com a escola em geral?
  3. Poderei ajudar nos trabalhos de casa?
  4. Como ajudar nos trabalhos de casa?
  5. Como me posso envolver na escola? De que forma?
  6. Com que frequência envia trabalhos de casa?
  7. Qual é o calendário das Atividades Escolares (festas, comemorações)?
  8. Qual a melhor forma de entrar em contacto com o professor?
  9. Como serão geridas as avaliações? Quantas por período? Datas?
  10. Como pode justificar as faltas? Quantas faltas pode dar?

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Márcia Fidalgo

Professora de 1º Ciclo e de Educação Especial

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Atividades Extracurriculares

por centrosermais, em 29.09.14

Com o início do ano letivo, inicia também a saga das atividades extracurriculares: O que escolher?; Qual o melhor horário?; Será que não se torna numa carga horária excessiva?. Sem dúvida, que são uma boa opção para os pais não só porque ajudam ao desenvolvimento intelectual, emocional e social da criança/ jovem, como também permite à família planificar o dia, principalmente pós-escola, conciliando com horário laboral dos pais.

 

No entanto, e embora potencie outras capacidades cognitivas do seu filho, devem ser escolhidas com conta peso e medida. É importante lembrar-se que não deve sobrecarregar o seu filho, pois dessa forma só o fará sentir-se mais pressionado e mais stressado caso não consiga atingir os objetivos a que se propõe. O ideal serão no máximo duas a três atividades por semana intercalando se possível entre o desporto, artes e aprendizagem de uma nova língua.

 

Deixamos-vos algumas sugestões de atividades extracurriculares, indicando para cada uma delas a idade recomendada para a iniciar:

 

Teatro – a partir dos 6 anos.

Xadrez – a partir dos 6/7 anos.

Dança e Ballet – a partir dos 6 anos.

Pintura e Desenho – a partir dos 6 anos.

Música e Movimento – desde os 18 meses.

Desportos Individuais (ténis, judo…) – a partir dos 6 anos.

Desportos Coletivos (Futebol, Andebol…) – a partir dos 6 anos.

Informática – a partir dos 4 anos.

Idiomas (Inglês, Espanhol…) – a partir dos 3 anos, no entanto de forma sistemática a partir dos 5 anos.

 

 

 

Márcia Fidalgo

Professora de 1º Ciclo e de Educação Especial

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O que aprendem os nossos filhos quando erram?

por centrosermais, em 23.09.14

Início do ano letivo.

 

Quando trabalhamos com crianças de diferentes idades e, consequentemente, diferentes anos de escolaridade, torna-se interessante observar as suas atitudes em relação ao que os novos desafios propõem.

 

 No início do ano, quando ainda reina a alegria de rever os colegas e o cheiro dos livros novos deixa prometer tantas aprendizagens, olham-se entre si, vaidosos, confiantes em relação aos seus colegas mais novos que, segundo eles, têm “TPC’s tão fáceis que até um bebé fazia” ou com admiração ao ver os mais velhos a resolver exercícios que mais parecem feitos para génios matemáticos.

 

Aos poucos tudo começa a mudar. A exigência aumenta e, com esta, é esperado o desenvolvimento das competências de cada criança: Raciocínio mais ágil, mais organização, mais empenho, letra mais bonita, mais rapidez, mais autonomia. Todos estes “mais” surgem invariavelmente associados a tantos outros “menos”: menos tempo para brincar, menos ajuda dos pais, menos tolerância por parte de todos… É neste ponto que muitas vezes conseguimos conhecer uma criança. É aqui que começa a deixar transparecer com mais nitidez a sua personalidade, a forma como gere emocionalmente as situações com que se depara, os erros, as vitórias…

 

Se temos crianças que nos chegam radiantes de teste em punho para nos mostrar o resultado do seu teste, outras temos que os escondem e os “perdem” e algumas até que os assinam em nome dos pais para os devolver aos professores.

 

Errar é uma aprendizagem a ser feita. Aprender a errar só pode ter um desfecho: aprender a ser bem sucedido!

 

Para a maior parte dos alunos, o vermelho da esferográfica que dita a nota, tem apenas um significado: falha. Falha perante o professor, os colegas, os pais e, especialmente, para consigo próprio.

 

 “Onde é que errei?”, “Se passasse mais tempo com ele, isto não aconteceria…”, “Se tivesse mais estudos, poderia ajudá-lo melhor”, “Gasto tanto dinheiro contigo e mesmo assim não resulta em nada!” – Também os pais se sentem a falhar. É incrivelmente frustrante a sensação de se fazer tudo o que está ao alcance e mesmo assim não ser o suficiente para corresponder às expetativas!

 

O que precisamos compreender é que os erros são uma oportunidade para melhorar. Mais do que convencermo-nos imediatamente de que temos um filho “preguiçoso” ou “burro”, é preciso perceber por que razão está a errar.

 

As crianças encaram os erros de forma puramente emocional. É isto que justifica o facto de raramente terem em consideração as propostas de melhoria dadas pelos professores ou de odiarem ter a correção do teste como trabalho de casa. Erram e sentem-se burros. Sentem vergonha e, como todos nós, aprendem a evitar tudo o que os deixe embaraçados. O sucesso escolar está muitas vezes mais ligado à forma como se sentem os alunos em relação aos seus erros do que em relação à sua motivação ou capacidades.

 

Façam um exercício com os vossos filhos e observem-nos atentamente: De que forma reagem quando não conseguem fazer algo? Possivelmente, de uma destas duas formas:

 

Este é um ciclo perpétuo. Tendemos a encarar as experiências futuras com base nos desfechos de acontecimentos passados. Errar conduz-nos ao medo e leva as crianças a acreditar de que não serão capazes. Se não se sentem capazes, para quê tentar? Será sempre mais fácil se sentirem que erram porque não se esforçaram do que sentir que erram apesar de todos os seus esforços.

 

O foco principal deve ser ajudar os seus filhos a alterar a forma como se sentem perante os erros. Mostrar-lhes não que erraram, mas ajudá-los a perceber no que é que erraram especificamente. Quando olhamos para um teste de formas simplista, o que salta à vista é sempre o número de questões erradas. Mas o que realmente importa é perceber de forma racional o que é que não foi corretamente aprendido, pois só assim o aluno será capaz de direcionar o seu estudo futuro. Não interessa se errou a pergunta 5, interessa por exemplo compreender que a pergunta era sobre a segunda guerra mundial e que é esse o conteúdo a ser trabalhado de novo.

 

Os erros assinalados nos testes referem-se a questões concretas: o aluno não memorizou informação suficiente ou memorizou informação errada, ou não respondeu diretamente ao que era pedido ou não justificou as suas respostas. O erro mostra apenas que é necessário fazer ajustes. E todos estes ajustes são sempre menores do que a forma pesada como os alunos se sentem após o erro.

 

Sente-se com o seu filho e, em conjunto identifiquem o que é necessário trabalhar. Falem abertamente e resolvam os erros de forma pragmática e racional. “No hard feelings – Practice makes perfect!”

Claudia Pedro

Psicóloga

www.centrosermais.com | www.facebook.com/centrosermais

 

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“Vou para a escola dos mais crescidos!”

por centrosermais, em 10.09.14

E quem não se lembra do seu primeiro dia de aulas no 1º ciclo? Ou quem não se lembra de levar o seu filho ao primeiro dia de aulas da “escolinha primária”? Não há dúvida, que a entrada no 1º ano é um marco importante tanto para a criança como para a família, deixando para ambos recordações para a vida. Com a entrada no 1º ciclo muita coisa muda – horários que devem ser respeitados, pontualidade e assiduidade que assumem (ou pelo menos deviam assumir) um papel mais rigoroso e postura na sala de aula mais exigente com períodos de atenção mais longos. Enfim, uma grande mudança!

 

É importante que em família se faça uma preparação inicial, no entanto não há necessidade de ser exagerada. Não há necessidade de tornar este processo natural, num complicado e problemático. A maioria das crianças já se empolgam por si só com a entrada para a “escola dos crescidos”, ou seja, para além de saberem que vão fazer novas descobertas e novas aprendizagens, entusiasmam-se bastante com o facto de se poderem igualar ao irmão ou ao amigo mais velho. Basta então, aproveitar este entusiasmo e mostrar à criança todas as mais valias que terá à sua espera com a entrada para o 1º ano – amiguinhos(as) novos(as), professores que a ajudarão em tudo o que precisar, novas aprendizagens nas mais diversas áreas (português, matemática, ciências…), entre outros.

 

A única alteração que merece um pouco mais da nossa atenção, e que por isso também deixámos para o fim, tem a ver com o quotidiano da família, principalmente no que respeita aos “horários”. Há que dar especial atenção aos horários do deitar e do levantar, das refeições e, principalmente a partir desta nova etapa, aos do estudo. É fundamental ajudar a criança, logo desde o 1º ano de escolaridade, a criar hábitos e métodos de estudo – 30/45min diários após a escola para fazer os chamados t.p.c’s ou, por exemplo, para contar ao pai/mãe o que aprendeu de novo naquele dia.

 

Sugestão de leitura: Conquiste um lugar no dia-a-dia dos seus filhos: os TPC!

 

 

Márcia Fidalgo

Professora de 1º Ciclo e de Educação Especial

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Testemunho de uma mãe

 

Tenho certeza que essa é uma dúvida de muitos pais, já que a criança de até uns 10 anos (a depender do seu contexto social) ainda não tem a clara noção da diversidade humana que a cerca. Na verdade eu me coloco no lugar desses pais, e vejo que se não tivesse o Bruno, também teria uma interrogação.

 

Suponhamos que seu filho tenha um parente, ou amigo na escola, com síndrome de Down. Não sei como você encara essa ideia, mas tenha certeza que ter amizade com uma criança com qualquer tipo de deficiência é muito bom para as duas crianças. Seu filho terá a oportunidade de saber lidar com a diversidade e ser uma pessoa melhor, e você pode facilitar isso.

 

Mas o que dizer sobre a síndrome? Bom, enquanto ele não perguntar nada, relaxe, você também não precisa explicar. Deixe que a coisa flua. E aqui eu faço o meu primeiro pedido: aja o mais naturalmente possível, por mais que a situação não seja tão natural nem mesmo para você (por desconhecimento e inexperiência). O seu exemplo de como reagir perante o meu filho vai funcionar como um espelho para o seu filho, então, por favor, não demonstre pena, e independentemente das suas expectativas quanto à nossa reação, aja diante de nós da mesma forma como você agiria junto a qualquer mãe com qualquer filho.

 

Depois vai chegar um momento em que seu filho vai perguntar algo, ou fazer uma observação do tipo “nossa, o Bruno (por exemplo) já tem três anos e não sabe falar quase nada!”. E aqui estou supondo que seu filho é do tipo “sutil” (rs…), porque também existe uma grande possibilidade dele dizer algo bem alto e brutal, no meio de uma brincadeira com a galera toda, do tipo: “pula a vez do Bruno porque ele não vai entender mesmo”. Ai. Calma. Neste momento não vai ser legal você simplesmente me pedir desculpas e arrastar seu filho para longe. Pode parecer a maior malcriação da tarde, mas arrisco dizer que provavelmente seu filho não disse isso por maldade. Apesar de não ser nada delicado, lá pelos seis ou sete anos, especialmente os meninos, são muito objetivos, ao contrário das meninas, que são muito mais sensíveis.

 

Pois bem, vá em frente e aproveite o momento para uma intervenção feliz, e por favor, não faça a cena parecer mais grave do que é (nem menos). Diga, por exemplo: “ei, ele está brincando junto, e caso não consiga fazer, nós vamos ajudá-lo, certo? Tenho certeza que ele vai aprender”. Ah, e tem um detalhe: nem pense em deixar o garoto com síndrome de Down como “café-com-leite” na brincadeira, ok? E se você for a mãe desse garoto meio rude que propôs deixar a criança com síndrome de Down de fora da brincadeira, e quiser ir mais a fundo numa conversa sobre respeito, deixe para quando chegar em casa. Então, se for o caso, explique que o amigo tem, sim, uma certa dificuldade para aprender ALGUMAS coisas, mas que sempre consegue aprender, mesmo que pareça demorar um pouco mais. Independente deste amigo não responder da forma que a gente espera, ainda assim é muito importante tratá-lo como às demais pessoas.

 

Isso também é bem importante: use o que eles têm em comum – estão na mesma turma da escola, gostam de jogar bola, assistir TV, que ambos ficam contentes quando aprendem algo novo… etc… e citar outros exemplos de diferenças também pode ajudar a criança a entender esse novo contexto que se apresenta: “em nossos passeios, na escola, na igreja, em vários lugares você pode perceber que algumas pessoas são diferentes das outras, isso porque NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM neste mundo, e isso é o que tem de mais gostoso – todos os seus amigos são diferentes, seja na cor, no tamanho, na aparência ou no comportamento!”.

 

Jamais diga ao seu filho que a síndrome de Down é uma doença. Se você achar necessário nomeá-la, diga simplesmente que é uma característica que algumas pessoas possuem, da mesma forma que cada um nasceu de um jeito ou de outro – com os olhos verdes ou castanhos, com o cabelo liso ou enrolado, com habilidade de nadar ou de fazer contas, com talento para música ou para esporte, com alguma alergia, etc…

 

Tenho percebido que uma das diferenças que as crianças mais notam no Bruno (e nas demais crianças com síndrome de Down) é a dificuldade da fala. Pois bem, se possível, deixe claro para o seu filho que mesmo não sabendo falar muita coisa ainda, essas crianças são capazes de ENTENDER tudo, e que só porque não falam, não significa que eles não ouvem.

 

Para encerrar, não espere a escola abordar com seu filho a importância da tolerância, do respeito e da amizade. Esses valores começam em casa, e irão ajudá-lo nas mais diversas situações, por toda a vida. Como sugestão, use histórias infantis, por exemplo as fábulas escritas pela professora Débora Seabra, que por sinal tem síndrome de Down. Ela lançou um livro de fábulas infantis que têm a inclusão como pano de fundo, usando animais de uma fazenda como protagonistas.

 

 

 

 

 

Fonte: Movimento Down

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Rastreio Gratuito de Métodos de Estudo

por centrosermais, em 22.05.14

Esta iniciativa, mais dedicada aos estudantes que terminam agora o ano escolar, é uma excelente oportunidade de avaliar a forma como os seus filhos estão a gerir o seu estudo e de repensar as estratégias a colocar em prática no próximo ano letivo.

 

Inscreva-se!

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   O ano letivo está na reta final e como professora do 1º ciclo sei que esta é uma altura de bastante responsabilidade no que respeita à entrada no 1º ano. As preocupações, os medos, as dúvidas dos pais começam a surgir: “Estará o meu filho preparado?”; “Deverá ficar mais um ano na pré para consolidar melhor as competências?”.

 

   A entrada no 1º ciclo exige a aquisição de um conjunto de requisitos fundamentais para o sucesso das aprendizagens. As metas a atingir no pré-escolar estão referenciadas nas Orientações Curriculares para a Educação Pré- Escolar. Trata-se de um documento que serve de base educativa aos educadores, onde estão delineadas estratégias de ensino e formas de progressão, com vista a que todas as crianças (as que frequentam o pré-escolar – uma vez que não é obrigatório) consigam chegar ao fim do jardim de infância com as aprendizagens alcançadas, e desta forma preparadas para a entrada no 1º ano de escolaridade.

 

   Todavia, a dúvida coloca-se quando algumas das competências exigidas não estão adquiridas, podendo, assim, comprometer o percurso escolar da criança e servir de justificação à permanência de mais um ano no pré-escolar. Quando assim é, a partir do momento que surjam sinais de alerta, ou seja, que a criança não está a corresponder ao que lhe é solicitado, não está a conseguir acompanhar o “programa”, deve ser aconselhado aos pais a realização de uma Avaliação Psicopedagógica no âmbito das áreas de desenvolvimento – pré-requisitos já adquiridos e cognição.

 

   Este processo de protelamento da matrícula no1º ano exige, normalmente, a entrega de três documentos. Poderá variar de Agrupamento para Agrupamento, pelo que recomendamos aos pais que procurem informar-se primeiro junto dos Serviços Administrativos ou no Órgão de Gestão do Agrupamento a que pertencem. Voltando um pouco atrás, são então, normalmente, solicitados três documentos; um Requerimento do encarregado de educação (obrigatório) onde constam todos os relatórios médicos e psicopedagógicos que ajudam a justificar o pedido; uma Declaração de aceitação por parte do jardim de Infância pretendido (emitido e autenticado pelo estabelecimento de ensino); e um Programa Educativo Individual (PEI) delineado para o ano letivo a que a matricula diz respeito.

 

   É importante perceber que o adiamento da entrada no 1º ciclo só faz sentido se para a criança for, realmente, vantajoso, ou seja, se para o seu desenvolvimento, nas diversas áreas, for efetivamente proveitoso a permanência de mais um ano no jardim de infância. É um processo que envolve vários elementos (pais, escola, psicólogos e outros terapeutas) e, devido ao seu elevado grau de complexidade, a decisão sobre ele deve ser muito bem pensada. Relembramos que os pais, em primeiro lugar, devem procurar informar-se junto dos Serviços Administrativos ou no Órgão de Gestão do Agrupamento a que pertencem.

 

Links úteis:

https://www.portaldasescolas.pt/imageserver/plumtree/portal/matnet/Despacho_5048B_2013.pdf (Despacho 5048-B/2013, de 12 de abril)

http://dre.pt/pdf1s/2008/01/00400/0015400164.pdf (Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro)

https://dre.pt/pdf1sdip/2012/08/14900/0406804071.pdf (Decreto-Lei n.º 176/2012 de 2 de agosto)

 

Márcia Fidalgo

Professora de 1º Ciclo e de Educação Especial

 

 

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